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Nobel de Economia alerta sobre os riscos da exploração de recursos naturais

O vencedor do prémio Nobel da Economia de 2001, Joseph Stiglitz, considera que os recursos naturais podem transformar a economia moçambicana. No entanto, alerta que a má gestão dos mesmos pode aumentar as desigualdades sociais. Joseph Stiglitz é orador principal do Fórum Mozefo que terá lugar na Katembe, cidade de Maputo, nos próximos dias 20 e 21 de Novembro. No evento, o professor americano espera discutir as estratégias que o país pode adoptar para evitar a maldição dos recursos. “Esses recursos naturais têm o potencial para transformar o país. A experiência de outros países mostra o quão difícil isso pode ser e o quão cheio de armadilhas. A chamada maldição dos recursos naturais demonstra que uma abundância de recursos naturais pode, em vez de aliviar, ser uma maldição, levando ao esgoto o crescimento económico e a mais desigualdades”, defende Joseph Stigligtz. O defensor da teoria moderna da economia de informação diz ter ficado muito satisfeito ao aceitar o convite para falar na terceira edição do Fórum Económico e Social de Moçambique (Mozefo) com o tema “África 2030: Moçambique Como Catalisador da Transformação”. “Particularmente, saúdo a oportunidade de discutir com uma ampla gama de indivíduos engajados do governo, empresas, academia e sociedade civil os vários desafios e as oportunidades de crescimento de África, em geral, e de Moçambique, em particular, neste momento crucial, com o lançamento do comércio livre em África e esta descoberta de ricos recursos naturais em Moçambique”, diz o vencedor do Prémio Nobel da Economia de 2001. Juntamente com Michael Spence e George Akerlof, Joseph Stiglitz venceu o Prémio Nobel da Economia em 2001 “por criar os fundamentos da teoria dos mercados com informações assimétricas”. Segundo uma notícia veiculada pelo Público de Portugal, durante os anos 70, os laureados de 2001 lançaram as bases de uma teoria geral sobre os mercados com assimetria de informação, o que abriu caminho a uma série de eventuais aplicações, desde a análise de mercados agrícolas tradicionais à análise de mercados financeiros contemporâneos.   Fonte: O País

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Governo aprova decreto para criar Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul

O Governo extinguiu o Fundo de Fomento Pesqueiro (FFP) e em substituição criou o Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul). A ideia é dinamizar o financiamento de projectos na área do mar e águas interiores. O FFP, órgão titulado pelo Ministério do Mar Águas Interiores e Pescas actuava na promoção, coordenação e financiamento das actividades de pesca e aquacultura. Entretanto, o Executivo constatou haver necessidade de alargar as áreas de financiamento aos projectos do mar, o que resultou na sua extinção e criação de um novo órgão, no caso, o Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul ou, ProAzul. “Trata-se de uma evolução. O FFP estava restrito aos projectos de pesca, enquanto o ProAzul vai ser mais abrangente, não somente à área pesqueira”, explicou a porta-voz do Conselho de Ministros, Ana Comoana. Na sessão de hoje, o Conselho de Ministros aprovou igualmente, o reforço ao financiamento do projecto SUSTENTA, com o donativo de 60 milhões de dólares a serem desembolsados pela Associação de Desenvolvimento Internacional. “Este financiamento destina-se a promover uma gestão integrada da agricultura e dos recursos naturais. Espera-se que possa se desenvolver a cadeia de valor da base agrícola e florestal; bem como fortalecer os mecanismos do aumento de resiliência e resposta em casos de emergência aos desastres”, explicou Comoana, apontando valor imprescindível do financiamento. Na sessão desta terça-feira, o Governo avaliou também o desempenho do Turismo, tendo constatado que o sector registou um crescimento significativo nos últimos quatro anos, com um contributo de cerca de 40 mil milhões de meticais. “Em 2018 por exemplo, o sector contribuiu para a economia nacional com 4,3% do Produto Interno Bruto”, informou a porta-voz. Sem avançar detalhes, ainda na sessão de hoje, o Executivo apreciou informações relativas às concessões da recentemente inaugurada Estrada Nacional nº 6, ligando o porto da Beira à fronteira de Machipanda, da Estrada Circular de Maputo e da Ponte Maputo-KaTembe, incluindo as vias de ligação. Fonte: O País

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Mozambique Prime Minister calls on UAE companies to explore business opportunities

H.E. Carlos Agostinho do Rosário Prime Minister of Mozambique called on UAE companies to explore business opportunities in his country and described Dubai as an important trading partner to the African nation. His comments came during a roundtable held on the sidelines of the Global Business Forum Africa 2019 in Dubai which highlighted new investment prospects that are emerging across Mozambique and prospects for boosting the African country’s trade with Dubai in the future. Addressing the Prime Minister and delegates during the roundtable, H.E. Majid Saif Al Ghurair, Chairman of Dubai Chamber of Commerce and Industry revealed that Dubai-Mozambique non-oil trade recorded an increase of 107 percent over the 2015-2018 period, adding that Dubai Chamber representative office in Maputo has played a crucial role in boosting bilateral trade. “Mozambique represents an increasingly important trading partner for Dubai and the UAE and this was an important platform to discuss how we can take our business relations to the next level,” said H.E. Majid Saif Al Ghurair, Chairman of Dubai Chamber. Source: Dubai Chamber of Commerce & Industry /  Global Business Forum – Press Release /Club of Mozambique

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Luísa Diogo defende que Moçambique pode catalisar desenvolvimento africano

Chegou o momento de África pensar em como fazer reformas para alcançar o desenvolvimento sustentável, considera a antiga Primeira-ministra, Luísa Diogo. No seu entender, o continente já sabe o que fazer, mas precisa aproveitar, da melhor forma, os seus recursos diversos para colocar em prática as suas ideias. Para o caso de Moçambique, Diogo aponta os principais pontos a ter em conta: combate à corrupção; respeito às leis; celeridade das decisões; o saber servir o cidadão; participação e inclusão do cidadão no processo de investimentos e das políticas de desenvolvimento. “Tudo isso faz com que Moçambique, se fizer bem e continuar a melhorar, venha a ser o elemento muito catalisador no processo de desenvolvimento de África porque catalisa a si próprio primeiro. Não somos nós que dizemos que somos catalisadores, são os outros, ao verem como nós fazemos e nos usam como exemplo nos seus trabalhos”, explica Diogo. INTEGRAÇÃO REGIONAL A ex-governante moçambicana entende que a “conexão africana é fundamental para a integração regional”. Por isso, sugere que o continente aposte nas infra-estruturas, recursos humanos, comércio, saúde, juventude, formação e criação de postos de trabalho. Para Diogo, só haverá integração regional em África se os países conseguirem comercializar produtos e competir entre si. “É a competição entre nós que cria apetência para maior competitividade e melhor produtividade, maior nível de produção, redução dos preços e melhoramento da qualidade. Então, a questão das infra-estruturas é fundamental”, explica. Na área dos recursos humanos, a ex-governante diz que é necessário criar capacidade institucional que tem a ver com a educação das pessoas para resolver os problemas e não para criar problemas. Luísa Diogo fala na qualidade de interveniente do Fórum Mozefo. “Nós devemos criar uma massa que resolve os problemas do país e não uma massa crítica que critica e não traz soluções. Então, em plataformas como Mozefo, nós temos que ter essa possibilidade de captar grandes soluções para podermos avançar. O saber fazer é fundamental para África poder prosseguir e criar postos de trabalho”, defende Luísa Diogo. Fala ainda da importância do comércio no continente porque ajuda a comparar quem está a produzir mais rápido e melhor. “Aquele que está a produzir mais rápido e com qualidade tem mais possibilidade de vender porque a produzir mais rápido, o custo é mais baixo”, defende. Sem saúde, a pessoa não pode avançar. Luísa Diogo explica que é o nível da saúde da população que mostra o desenvolvimento de um país. “Nós podemos ter grandes infra-estruturas, Produto Interno Bruto grande, PIB per capita grande, Rendimento Nacional grande, mas olhamos para os nossos hospitais, olhamos como as nossas pessoas são tratadas: é ali onde avaliamos se estamos bem ou não. Tudo isso para produzir resultado é necessário que haja boa governação, que é a preparação de bons planos”, diz a antiga Primeira-ministra. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Luísa Diogo defende ainda que Moçambique precisa ter coragem para se tornar uma referência mundial em desenvolvimento sustentável. Falando no âmbito do Fórum Mozefo, a ter lugar nos próximos dias 20 e 21 de Novembro, a antiga governante moçambicana detalhou a grande transformação que Moçambique precisa para alcançar tal objectivo. “Nós temos é que ter coragem de dizer que queremos ir pela qualidade, queremos ir pela relevância, queremos ir pela competitividade e não queremos ir pela gestão administrativa da qualidade. A qualidade é aquela, é aquela”, frisou Diogo. A ex-ministra sugere que Moçambique aproveite o potencial que possui em termos de recursos humanos. Dá exemplo de moçambicanos que possuem padrões mundiais de qualidade profissional e recomenda, por isso, que haja coragem de abertura às novas ideias. “Eu, agora que saí do Estado e estou no sector privado, me apercebi que tinha uma visão muito restrita do potencial do talento moçambicano. O talento moçambicano é grande, firme e confortável a nível mundial. Os moçambicanos, lá fora, quando concorrem do ponto de vista de qualidade, nas empresas, nas instituições, as empresas não os querem largar”, considera. Para chegar aos objectivos almejados de desenvolvimento, Diogo sugere que haja persistência. “A nossa opção é persistir e persistir significa renovar as nossas ideias, renovar os nossos programas, renovar as nossas agendas”, sublinha a antiga Primeira-ministra. AMBIENTE DE NEGÓCIOS Luísa Diogo chama atenção para a necessidade de transformação das instituições como forma de melhorar o ambiente de negócios no país, ou seja, para melhorar “a temperatura da relação entre o agente do Estado ou a instituição pública com o sector privado”. Acrescenta que quando o investidor se apresenta perante o agente do Estado, ele deve sentir, à partida, se é bem-vindo ou não naquela conversa. “MOZEFO É UM FÓRUM CONSISTENTE” Luísa Diogo classifica o Fórum Mozefo como uma plataforma de debate consistente por tratar de temas actuais, como por exemplo, juventude, conhecimento, agricultura, energia e turismo que se desenvolvem ao longo do tempo, fazendo a ponte entre os grandes fóruns. “Nunca perderia a oportunidade de continuar a colaborar com o Mozefo na qualidade de interveniente nas sessões porque é um fórum consistente que tem temáticas extremamente importantes para o desenvolvimento do país”, frisa Diogo. Fonte: O País

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