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Adiamento da decisão de investir em Moçambique pela ExxonMobil reduz IDE previsto para 2020

O adiamento da decisão final de investimento para o bloco Área 4, na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, vai ter implicações no montante do investimento directo estrangeiro programado para este ano, disse o presidente do Instituto Nacional de Petróleo.

Carlos Zacarias adiantou, no entanto, estar convicto de que assim que o impacto do Covid-19 e as condições do mercado estiverem ultrapassados ou controlados veremos a aceleração de investimentos para a materialização desses projectos.

O grupo ExxonMobil anunciou na semana passada que a decisão final de investimento para o projecto de gás natural Rovuma LNG, em Moçambique, que estava prevista ainda para este ano, foi adiada.

O comunicado acrescentava que o projecto de desenvolvimento Coral LNG mantém-se conforme previsto.

A decisão decorre do facto de o grupo ter decidido reduzir as despesas de investimento em 30%, ou 10 mil milhões de dólares, uma medida relacionada com os preços baixos dos produtos energéticos em resultado da queda da procura.

A ExxonMobil anunciou igualmente ir reduzir as despesas correntes em 15% para “sobreviver a este período de quebra do consumo.”

O projecto Rovuma LNG, que vai extrair gás natural de um bloco de águas profundas na costa de Moçambique com mais de 85 biliões de pés cúbicos, devia receber a decisão final de investimento no primeiro semestre de 2020.

O bloco Área 4 tem como participantes a Mozambique Rovuma Ventures, uma parceria detida pelos grupos ExxonMobil, ENI e China National Petroleum Corporation, que em conjunto controlam 70%, estando os restantes 30% divididos em partes iguais entre o grupo português Galp Energia, sul-coreano Kogas e a estatal moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos.

Fonte: Macauhub

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