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Moçambique e França definem sectores estratégicos para investimentos

O governo francês organizou, de 24 a 25 de Abril, o Fórum de Negócios Moçambique-França, com o apoio da Câmara de Comércio e Indústria França-Moçambique (CCIFM) e da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA). ARMÉNIO MUCACHE (texto) O evento teve início no dia 24 de Abril com uma sessão plenária de apresentação do ambiente de negócios e os sectores-chave em Moçambique. Depois, durante um dia e meio, reuniões de negócios multi-sectoriais (Business Matchmaking/Dating) deram origem a reuniões BtoB e Bto Gov entre as cerca de quarenta empresas da delegação francesa e as empresas e entidades públicas moçambicanas. Tratou-se de um evento concebido para satisfazer as fortes expectativas das empresas francesas e cerca de 120 empresários estiveram presentes, dos quais 50 franceses e 70 moçambicanos, ultrapassando, assim, o limite de inscrições que era de 40. Agostinho Vuma, presidente da CTA, classificou positivamente a adesão desse número de empresários no fórum. “O nível de adesão a este fórum mostra, por um lado, o nível de importância que o sector empresarial dá às relações com a França, o mesmo se observando do lado francês para com Moçambique, e apraz-nos o facto de ter neste leque de investidores franceses aqui presentes o sector da banca, que esperamos que venha enriquecer o leque de oferta para o acesso aos investimentos do lado das nossas PME”, referiu Vuma. Importa lembrar que em Novembro de 2020, em plena fase da pandemia da COVID – 19, os sectores empresariais de Moçambique e da França estiveram reunidos virtualmente no Fórum de Negócios e Investimentos Bilaterais, com a participação de mais de 300 empresários de ambos os países. Era um dos primeiros passos pós-pandémicos que a CTA se propôs lançar no sentido de abrir as portas e de impulsionar as relações comerciais bilaterais. Actualmente, segundo Vuma, “estamos numa situação em que as contas indicam que, nos últimos anos, as exportações de Moçambique para França ascendem a pouco mais de 30 milhões de dólares por ano, e as importações situam-se em torno dos 73 milhões de dólares”. É preciso reduzir as preocupações dos investidores Este fórum de negócios Moçambique-França, acontece numa altura em que se trabalha no acompanhamento dos resultados da recente missão realizada com a Total Energies para a França, com as organizações AIMO e ACIS. O presidente da CTA destacou também algumas preocupações por parte dos investidores, tais como: a rápida aprovação da Lei de Investidores Privados para reduzir a incerteza do futuro dos novos investimentos e as regras impostas na entrada e saída de capitais, através da Lei Cambial. “É preciso que o novo regulamento cambial torne estes fluxos mais flexíveis e de modo a facilitar os negócios com os nossos parceiros”, salientou. Para Gil Bires, director geral da Agência para Promoção de Investimentos e Exportações (APIEX), a França é um parceiro privilegiado em Moçambique devido ao seu potencial e capacidade competitiva em termos de capital, tecnologia e parceria. “Nos últimos 5 anos, a balança comercial de Moçambique e França registou um crescimento de 26.7”, referiu Bires. Em relação às preocupações levantadas pelos investidores, Bires assegura que nas primeiras semanas de Abril fez-se a revisão da Lei de Investimentos, da Lei do Trabalho, do novo Código Comercial, nova Pauta Aduaneira e outros instrumentos que vão facilitar a actividade comercial entre Moçambique e os países investidores. O Governo moçambicano definiu a agricultura, a energia, as infraestruturas, os recursos minerais e a indústria de turismo e hotelaria como sectores estratégicos para os investimentos estrangeiros. O director geral da Agência para Promoção de Investimentos e Exportações aproveitou a oportunidade para formular o convite ao sector privado, para e a França, a participar da FACIM-2023 a ter lugar a partir de 28 de Agosto.  

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