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Moçambique precisa de mais acções de responsabilidade social para desenvolver

A cidade de Maputo acolheu, hoje, um debate aberto em torno da Responsabilidade Social, Sustentabilidade e Desenvolvimento. O evento juntou público diverso, que discutiu sobre a necessidade de acções que podem contribuir para o crescimento do país.

Em open talk, ou debate aberto, na língua portuguesa, empresários, actores que actuam no ramo da responsabilidade social e público diverso, discutiram sobre as acções de responsabilidade social como formas com as quais Moçambique pode acelerar o desenvolvimento.

“Sentimos, efectivamente, que a responsabilidade social hoje já faz parte do mundo. Estamos numa fase urgente em que o planeta precisa de sustentabilidade, e como é evidente, as empresas têm um papel fundamental por terem pessoas e acções na sociedade”, explicou Maria Miguel, da F3M, uma empresa virada ao ramo de tecnologias de informação, que organizou o evento.

“Ao trazer este debate queremos com que cada cidadão possa fazer a mudança dentro e fora da sua empresa, por exemplo, como é que eu posso fazer para mudar o mundo? Ou seja, eu posso não conseguir mudar o mundo, mas posso mudar o meu comportamento; logo, ao mudar o meu comportamento, estou a mudar o mundo”, acrescentou Maria Miguel, ilustrando exemplos concretos de acções de responsabilidade social, que transcendem a construção de edifícios ou doação de bens e ou prestação de serviços.

“Se vou a um supermercado, tenho de me preocupar se uso um saco plástico ou se levo uma sacola de capulana; quando deixo a torneira aberta tenho que me preocupar, basta lembrar que há países em seca profunda e, bem sabemos, que a água é um recurso finito”, disse a oficial da F3M, realçando que “tudo isso tem que ser falado, e mais do que ser falado, tem que ser posto em prática”.

Um entendimento que igualmente, a Fundação Soico (Fundaso) reconhece como necessária.

“A responsabilidade social é um assunto cujo debate deve retomar. Falou-se por um tempo, mas a uma dada altura não se fala mais. Eu acho que isso tem que ver com a situação [económica] do país e a situação das empresas, sobretudo as pequenas e médias, pois, elas é que são determinantes para o desenvolvimento sustentável, por serem o grosso número. Esse é um processo de reflexão de que deve ser feito”, referiu Graciete Carrilho, administradora da Fundaso.

No debate aberto que teve lugar hoje em Maputo, além de convidados nacionais, participaram também convidados portugueses, entre eles especialistas em culinária que partilharam experiências que podem ser replicadas em acções viradas à responsabilidade social.
Fonte: O Pais

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