CCMUSA – Câmara de Comércio Moçambique USA

Primeiras ligações de “Energia para Todos” começam em 2020

As primeiras obras do Programa Energia para Todos vão iniciar nos primeiros três meses de 2020. Trata-se da primeira fase de projectos que vai custar pouco mais de 300 milhões de dólares.

A meta é fazer com que todos os moçambicanos tenham energia eléctrica nas suas residências até 2030 e já estão criadas as condições para os primeiros passos.

“Contamos nós que até o primeiro trimestre do próximo ano já teremos obras no terreno e iremos começar com o processo de ligação de novos consumidores”, revelou Joaquim Ou-chim, director da Energia Social da Electricidade de Moçambique durante a conferência de imprensa realizada, hoje, para dar o ponto de situação do programa.

Para esta fase, serão contratados cinco empreiteiros para operarem em todo o país, sendo que o processo de procurement está nas mãos do Banco Mundial, que lidera o grupo dos financiadores do programa. No total, o valor desta fase é de 200 milhões para as ligações à rede nacional e outros 100 milhões para ligações fora da rede.

“Este é o valor disponível para a primeira ronda de projectos. O valor total para que todos tenhamos acesso à energia são 6.5 mil milhões de dólares que são necessários”, comentou Ou-chim.

Neste momento, são pouco mais de dois milhões de famílias moçambicanas ligadas à rede nacional de electricidade, sendo que “até 2024 esperamos certamente estar a duplicar ou triplicar a taxa de ligação actual”.

Nem todas as famílias deverão estar ligadas à rede nacional de electricidade, por isso, a Electricidade conta com o Fundo Nacional de Energia (FUNAE) que deverá liderar as ligações via painéis solares.

O FUNAE diz estar também já a dar passos relevantes para cumprir com a sua missão. “Nós, como FUNAE, estamos a avançar numa dimensão de olhar plataformas de financiamento que vão possibilitar atrair mais o sector privado a entrar nesta discussão e possa avançar a nível destes desafios para as zonas mais difíceis”.

O projecto foi lançado no ano passado pelo Presidente da República e faz parte da venda das Nações Unidas de acesso universal à electricidade 2030. Ou seja, Moçambique tem 10 anos para inverter o cenário de 30% da população que tem energia para 100%, tendo em conta o crescimento demográfico.

Enquanto decorrem as obras da primeira fase de projectos do Programa Energia para Todos, a Electricidade de Moçambique procura financiamentos para as fases seguintes até que se atinja a meta de acesso universal à energia eléctrica.

Até aqui já há manifestação de interesse para mais financiamentos por parte de alguns dos actuais financiadores, bem como os antigos. A EDM diz que “quando o projecto está bem estruturado a apetência nasce naturalmente”.

 

Fonte: O pais

Partilhar:

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
Email
Print