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Ajay Banga

Quem é Ajay Banga?

Conheça o veterano de Wall Street “made in India” que vai liderar o Banco Mundial. O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, nomeou o indiano Ajay Banga como presidente do Banco Mundial, uma personalidade veterana e bem conhecida nos meandros de Wall Street. A notícia foi avançada pelo jornal ‘Financial Times’ que adianta que o executivo tem 63 anos e que se descreve como “totalmente made in India”, podendo esta nomeação ser uma forma de ajudar a ganhar o apoio de nações em desenvolvimento, algumas das quais estão preocupadas com uma mudança no foco da instituição da pobreza para a mudança climática. Sabe-se ainda que Ajay Banga é actualmente vice-presidente da General Atlantic, um grupo de private equity dos EUA, e que foi o CEO da empresa de pagamentos Mastercard até ao final de 2020. O business leader actua ainda como presidente da holding de investimentos Exor, que detém o controlo accionista do clube de futebol italiano Juventus, sendo também o director independente no Temasek — o fundo de investimento estatal de Singapura. Sobre esta nomeação em particular, o jornal internacional cita um alto funcionário dos EUA que sublinha que Washington está “orgulhoso” de apresentar um candidato que nasceu, cresceu e “passou uma parte inicial da sua carreira no mercado emergente da Índia”. Além disso, “isso também faz parte de quem ele é como profissional e o que ele fará no Banco Mundial”, disse o funcionário.   Alterações climáticas como ‘ponto de honra’ da agenda Destaca-se que, neste momento, Banga é um cidadão americano naturalizado que esteve quase uma década em frente da Mastercard, numa altura de pleno crescimento da empresa. É ainda visto como um defensor da inclusão financeira global e esteve também entre dezenas de grandes empresários que pediram aos governos numa carta aberta para que façam mais para reduzir as emissões antes da cimeira do clima COP26, em 2021. Recorde-se que esta nomeação surge cerca de uma semana depois da saída inesperada de David Malpass, cujo mandato só terminava em 2024 e sucede numa altura em que os Estados Unidos da América e outros accionistas procuram expandir a missão da instituição no combate às alterações climáticas. Sublinha-se que os Estados Unidos são o maior accionista do Banco Mundial, cabendo-lhes tradicionalmente a escolha do CEO, como foi o caso, porém necessitam do apoio de outros países-membros nomeadamente da China, Japão, Alemanha, França ou do Reino Unido. Segundo o ‘Financial Times’, os ministros das Finanças do G20 discutiram o futuro do banco numa reunião em Bangalore (Índia) e as nomeações devem ficar fechadas no dia 29 de março. Prevê-se que o novo presidente do Banco Mundial inicie o seu cargo em Maio deste ano.

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