O Hotel Meliã Maputo Sky (MMS) faz parte do grupo hoteleiro espanhol ‘’Meliã Hotels International SA’’. É uma das maiores cadeias hoteleiras do mundo, líder absoluta em Espanha e líder nos mercados da Europa, da América do Sul e Caribe. O Hotel Meliã Maputo Sky foi inaugurado em 2018 e tem vindo a dar cartas no domínio da hotelaria. Segundo o seu director geral, António Fonseca, o público alvo do MMS é o turista de negócios e os serviços prestados pelo Hotel foram pensados para este segmento de mercado.
O Hotel Meliã Maputo Sky pertence a um grupo espanhol (Sol Meliã desde 2011) com sede na cidade de Palma de Maiorca (nas Ilhas Baleares) e foi fundada, em 1956, por Gabriel Escarrer Julià. O que nos pode contar sobre a sua história, o impacto no mercado espanhol e internacional, a estratégia seguida e a sua filosofia da marca?
O Hotel Meliã Maputo Sky faz parte do grupo hoteleiro espanhol ‘’Sol Meliã’’, o qual, desde 2011, se denomina por ‘’Meliã Hotels International SA’’ (MHI). É uma das maiores cadeias hoteleiras do mundo, líder absoluta em Espanha e líder nos mercados Europeu, da América do Sul e Caribe. Neste momento, a MHI conta com mais de 370 hotéis, abertos e em processo de abertura, em 41 países e em 4 continentes sob as marcas: Gran Meliã, Meliã, Paradisus by Meliã, ME by Meliã, Innside by Meliã e SOL.
O foco estratégico na expansão internacional transformou a rede de hotéis Meliã na primeira empresa hoteleira espanhola a operar na China, nos Estados Unidos e nos Emirados Árabes, mantendo a sua liderança em mercados tradicionais como a Europa, América Latina e Caribe. Além disso, destaca-se pelo seu diversificado modelo de negócios, tendo sustentabilizado o seu crescimento com grandes alianças estratégicas estabelecidas com operadores turísticos e companhias de aviação Internacionais, associados aos mais actualizados sistemas virtuais de distribuição global.
As apostas no turismo responsável, que têm sido feitas nos últimos 10 anos, têm colocado a MHI no palco das empresas mais sustentáveis a nível mundial, tendo sido considerada a cadeia hoteleira mais sustentável do mundo em 2022, segundo o último Corporate Sustainability Assessment (CSA) publicado pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), que concedeu a esta empresa a mais alta classificação no segmento de hotéis, resorts e cruzeiros.
Em Portugal, o Meliã é o segundo ou terceiro maior grupo. Qual é a posição que o Grupo ocupa no ranking mundial de hotéis?
A Meliã Hotels International ocupa o 19º lugar no ranking mundial com 82.011 quartos e 325 unidades hoteleiras. Em Portugal, o ranking hoteleiro é liderado pelo grupo Pestana, aparecendo o grupo Hoti Hotéis em 3º lugar, detendo o franchising de 8 hotéis da marca Meliã.
Sabemos que o hotel Meliã Maputo Sky é fruto de um franchising. Como funciona a vossa relação com a marca mãe? Que vantagens possui como franchisado?
A relação é mediada através da estrutura central da Hoti Hotéis, que faz a gestão da aplicação de todos os standards definidos pela marca MHI (Meliã Hotels International), desde a imagem aos serviços que são prestados.
Apesar da marca ser pouco conhecida no continente africano, ser um hotel franchisado por uma das maiores cadeias de hotéis do mundo tem sempre a vantagem de ter um carimbo internacional reconhecido pelas suas boas práticas e pela distinção atribuída pelos clientes, fornecedores e parceiros de negócios.
O hotel abriu as suas portas em Maputo há quanto tempo? Que leque de serviços oferece aos seus hóspedes, desde então?
O Meliã Maputo Sky (MMS) foi inaugurado pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyussi, a 19 de Setembro de 2018.
O Hotel apresenta-se no mercado com serviços de restauração fornecidos pelo restaurante Mercado da Baixa e Bistrô do Maxaquene, associados a 400 metros quadrados de salas de conferências multifuncionais e tecnologicamente muito bem equipadas. O Sky Bar, recentemente remodelado, é um espaço único com uma das melhores vistas panorâmicas da cidade de Maputo.
Associado aos 172 quartos existentes, a parceria existente com o Health Club & SPA Luxcorpus faz do Meliã Maputo Sky uma das unidades hoteleiras mais atractivas da capital moçambicana, aliando o conforto da modernidade arquitectónica à funcionalidade dos serviços que são prestados sob uma base diária.
Qual é o seu público-alvo? O turista de negócios?
O público alvo é definitivamente o turista de negócios. O hotel MMS fica situado no principal centro de negócios da capital moçambicana e os serviços que são prestados foram direccionados para esta segmentação de mercado.
A que segmento se dirige a marca e que posicionamento possui no mercado moçambicano?
A MHI quando surge em 1956 era muito direccionada para o mercado de lazer. Com o crescimento do grupo e das tendências, o grupo viu-se obrigado a adaptar-se aos diferentes mercados onde tem investido desde então, diversificando a sua oferta hoteleira para os vários segmentos através das distintas marcas hoteleiras que criou até à data: Gran Meliã, Meliã, Paradisus by Meliã, ME by Meliã, Innside by Meliã, e SOL.
OS DESAFIOS PASSAM PELAS PESSOAS
O Meliã Maputo Sky possui 172 quartos. Decerto que não é fácil conseguir a meta dos 100% de ocupação. Qual tem sido a evolução comercial nesse sentido? Apostar em grandes grupos, nos eventos, nas parcerias com organizações?
Assim que o Hotel abriu, fomos confrontados com a Pandemia COVID 19 após 16 meses de operação. Os mercados contraíram a nível mundial e o mercado moçambicano foi muito afectado. Temo-nos preocupado muito com a qualidade dos serviços que prestamos aos nossos clientes de forma a fidelizá-los, uma vez que em Maputo a linha da oferta hoteleira continua a crescer face a uma linha de procura que ainda se encontra longe de satisfazer as expectativas com que este investimento foi realizado.
Sabemos que, no início, houve uma acção de formação dirigida a toda a equipa do Hotel. É fácil manter os recursos humanos dentro do espírito da cultura organizacional do Grupo?
As formações e a capacitação profissional é uma prática corrente, não só no Meliã Maputo Sky (MMS) como em toda a cadeia MHI e no grupo Hoti Hotéis. Temos como uma das bandeiras principais do grupo, criar estabilidade e projectos carreira para os nossos funcionários, apostando na formação interna e na progressão profissional.
Quais são os principais desafios no que diz respeito à gestão de um hotel deste género?
Os principais desafios são as pessoas. Em primeiro lugar, criar condições de bem estar, estabilidade e crescimento profissional para os funcionários do hotel para que, em segundo lugar, se possam satisfazer e alcançar as expectativas dos nossos clientes.
Quais são as mais-valias que aponta face à vossa concorrência mais directa?
As mais valias que apontamos face à nossa concorrência são as pessoas que fazem parte deste projecto e que trabalham arduamente todos os dias para fazer com que o hotel continue a ser distinguido hoje e sempre como um dos melhores hotéis do mercado moçambicano. Temos uma infraestrutura moderna, limpa e bem decorada que do ponto de vista técnico tem todas as facilidades que hoje o cliente final espera encontrar.
Que novidades espera implementar, a breve trecho, no sentido de garantir uma maior qualidade e fidelização de clientes?
Existem alguns projectos em carteira que, neste momento, não podem ser revelados. Contudo, podemos dizer que o MMS vai começar a definir acções comerciais muito direccionadas para o mercado local (cidade de Maputo) e que decerto irão criar um impacto muito positivo, adicionando mais valor à oferta turística já existente.
O que perspectiva atingir no futuro em termos de crescimento e notoriedade?
A diferenciação e distinção pelas quais a equipa do MMS tanto têm trabalhado diariamente, para atingir. No entanto, neste momento, são conhecidas as condicionantes que têm interferido no crescimento económico da nossa indústria em Maputo, as quais, obviamente, impactam negativamente no nosso crescimento.
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PERFIL
Quem é António Fonseca?
Formado em técnicas de Restauração Organização e Controlo, entre 1998 e 2001, na Escola de Hotelaria de Manteigas (Portugal), frequentou e concluiu com sucesso o curso de Gestão Hoteleira, entre 2001 e 2003, na Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Porto.
Entre 2003 e 2005, assumiu a gestão duma unidade de 4 estrelas, Albergaria Santa Isabel, no Sabugal, sita no distrito da Guarda.
Em 2005, assumiu a posição de director de Comidas e Bebidas, no Hotel Vila Baleira em Porto Santo, no arquipélago da Madeira, até 2007, ano em que viajou para Moçambique para assumir o Hotel Girassol Lichinga, na provincia do Niassa.
Manteve-se na empresa Turvisa da Visabeira até 2012. Durante este período ainda inaugurou, em 2009, o Montebelo Indy Maputo Congress Hotel enquanto director, geriu o Montebelo Girassol Maputo Hotel e fez parte do processo de transição do acampamento turístico do Chitengo, no Parque Nacional da Gorongosa, da Fundação Greg Carr para a Visabeira.
Em 2012, inaugurou o Hotel Park Inn em Tete, como subdirector, onde ficou a desempenhar funções até ao final de 2013.
Entre 2014 e 2017, foi director de operações da Turinvest, onde desenvolveu operações hoteleiras no norte de Moçambique em áreas de desenvolvimento de projectos de Oil & Gás, nas províncias de Nampula, Niassa e Cabo Delgado.
Em 2018, assumiu o projecto da Hoti Maputo Hotéis e desenvolveu o projecto do Meliã Maputo Sky (MMS) desde a preparação da sua abertura, inauguração e consequente operacionalização. Encontra-se no MMS como diretor geral até à data.